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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Meu pai é um problema


Um dia desses eu estava conversando com um amigo meu sobre a interação tão corriqueira entre pais e filhos e ele produziu um relato surpreendente sobre sua própria experiência. A partir desse relato eu resolvi produzir uma narrativa que revelasse a visão dos filhos em relação a alguns comportamentos de seus pais.

Ai vai:

Meu nome é Rodrigo. Tenho 15 anos e um grande problema: meu pai. Para não denegrir sua imagem ou criar problemas futuros, não vou citar o nome de meu pai. Vou me referir a ele como Sr. P. Ao contrário do que muitos estão imaginando, não escolhi a letra "P" por ser a inicial da palavra "pai", mas, sim, por ser a inicial da palavra "personagem".

Quando pergunto aos meus amigos o que eles acham do Sr. P, todos dizem que ele é "super-legal", "maneiro" e coisas do gênero. E talvez ele até seja, pois sempre que está perto dos meus amigos ele se transforma em um garoto de 15 anos. Ele age como se fosse tão "sexy" quanto Brad Pitt, ou tão "descolado" quanto Justin Timberlake. Porém, quando estamos só nós dois, conversando, o Sr.P se transforma no inimigo número um de Martin Luther King Jr. e do Greenpeace. Se mostra conservador e ferrenho defensor dos maiores ditadores da história.

Convivendo com tantos personagens diferentes, eu me pregunto se sou capaz de achar uma solução para este problema. Uma solução que transforme o Sr. Personagem no Sr. Pai. Penso por horas e nunca chego à tão sonhada fórmula da verdade. E, pensando bem, talvez o Sr. P prefira viver por traz desses personagens para que as pessoas não descubram que ele não é perfeito. Talvez ele não aceite ser somente mais um pai tentando educar seu filho. E, finalmente, talvez ele queira ser meu pai e meu amigo ao mesmo tempo, porém não consiga consiga consciliar o inconsciliável.



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Uma amiga traiçoeira


A fofoca sempre foi uma prática muito comum no mundo inteiro. Como todos sabem, a tão difundida futrica é um esporte muito prazeroso, mas que muitas vezes traz consequências prejudiciais à saúde das relações.

Para o fofoqueiro, a notícia sobre a vida alheia sae de sua boca quase sem querer. Porém, para o atingido pela fofoca, a difamação é quase como uma punhalada nas costas. A partir daí, a relação de amizade entre o difamador e o difamado está destruída e terá poucas chances de ser reconstruída.

Contudo, algumas fofocas já causaram efeitos positivos ao seu alvo. Um exemplo disso foram os mexericos espalhados em 1922 sobre o então ditador italiano Benito Mussolini, que lhe deram a autoria de projetos iniciados antes mesmo de seu governo. Isso lhe trouxe mais fama e seguidores para o facismo, a ideologia pregada por ele, que mais tarde tomou conta de vários países da Europa.

Pensando em tudo isso podemos dizer que talvez a fofoca seja a forma mais traiçoeira de expressar um sentimento por outra pessoa, pois suas consequências são imprevisíveis. Por isso, pensar antes de falar é o melhor conselho para aqueles que não conseguem manter a boca fechada diante de uma notícia ainda não-comprovada.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Teoria da Relatividade


A teoria da relatividade é vista pela sociedade moderna como o trabalho mais importante do físico teórico alemão, Albert Einstein. Mas, por que essa teoria é considerada tão genial pelo mundo atual? Esse questionamento, também feito por Einstein na época, pode ser respondido pelo simples fato dela relativizar grandezas consideradas absolutas pela Mecânica clássica, como tempo, comprimento e massa.

Segundo a teoria da relatividade, tudo depende do referencial de onde se observa um evento. Por exemplo, o tempo passa mais rápido para um homem que esteja parado, do que para um homem que esteja dentro de um avião se movendo à velocidade da luz. Segundo ela também, nenhuma composição de velocidade poderá resultar em um valor superior à velocidade da luz (300 000 km/s).

Para o mundo em geral, a teoria da relatividade ainda não teve muitas aplicações práticas. Porém, para o mundo científico, ela mudou totalmente o modo de pensar. A partir dela, a velocidade da luz passou a ser a única constante em um universo de variáveis.

Esse quadrinho do autor estado-unidense Bill Watterson ilustra a idéia de que a Teoria da Relatividade só se aplica quando o objeto está se movendo a uma velocidade significativa em relação à velocidade da luz. Por isso as teorias da Mecânica clássica não foram totalmente derrubadas pela teria de Einstein.



Esse quadrinho também do americano Bill Watterson mostra que a maioria das pessoas reconhece a genialidade da Teoria da Relatividade, mas a maioria delas não sabe do que exatamente ela se trata.


Segundo o Paradoxo dos Gêmeos, um gêmeo que viaja a 86% de C (velocidade da luz) demorará cerca de 5 anos para ir e vir da estrela Proxima Centauri, enquanto o gêmeo que fica na Terra terá envelhecido quase 10 anos.



Para Einstein uma pessoa fechada numa nave espacial não poderia dizer que estava em repouso num campo gravitacional se estava em movimento acelerado no espaço. Este principio chamado principio da equivalência levou Einstein a descrever a gravidade não como uma força, mas, sim, como a consequência da curvatura que o tecido do espaço-tempo sofre na presença de um corpo com massa.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

África


A África é considerada o continente mais pobre e que tem o maior número de conflitos nos dias de hoje. E, ao contrário das guerras que estudamos na escola, esses conflitos são recentes e muito noticiados nos jornais e revistas distribuidos por todo o país.

Podemos ver um exemplo disso na notícia publicada em 18 de agosto de 2010, que dizia: "Três indianos da Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo (MONUSCO) foram mortos na noite de terça-feira por alegados rebeldes em Kirumba (leste, província do Kivu Norte), anunciou hoje o exército congolês.". A origem do problema na República Democrática do Congo (RDC) está em 1908, quando ela se tornou independente da Bélgica. Foi nessa época em que o conflito entre as tribos hutu e tutsi começou. Juntamente com esse conflito começaram a crueldade, a exploração sexual de mulheres e crianças, a fome e a miséria no país. Esse conflito foi agravado com a fuga de milhares de hutus de Ruanda para a RDC por causa do genocídio que estava sendo promovido pelos tutsis ruandenses em 1994. Esse conflito que já se tornou o segundo maior da história em número de mortos, perdendo apenas para a 2ª Guerra Mundial, exemplifica uma das causas das guerras na África: a divisão arbitrária dos territórios entre os colonizadores, separando algumas tribos amigas e juntando outras que são inimigas a séculos.

Porém os problemas na África não afetam somente o continente. Alguns deles afetam os países desenvolvidos também, e para resolver ESSES problemas não são poupados esforços. Um exemplo disso é o combate à crescente pirataria na Somália, país conhecido como o Chifre da África. Os piratas somális atuam principalmente no Golfo do Aden, região próxima ao Mar Vermelho por onde passam muitos navios carregados de petróleo e outras mercadorias muito valiosas. Esses piratas, com a ajuda de GPS's e outras tecnologias, localizam e sequestram navios que estejam passando perto ou dentro das águas somális e depois pedem resgates milhonarios para libertarem os reféns e devolverem a mercadoria. Como esse assunto afeta diretamente países como EUA, Rússia e Inglaterra foi criada pela OTAN uma frente de combate contra esses criminosos. Esses países deslocaram armamento pesado e navios de última geração para tentar acabar com os, cada vez mais frequentes, sequestros.

Avaliando todo esse cenário podemos perceber que a pobreza e os conflitos na África foram provocados principalmente pelos países ricos que, desde a colonização, negligenciam a cultura e o povo africano tentando tirar o direito deles escolherem os rumos de suas nações. Com isso, podemos concluir que, se não for criada uma consciência mundial sobre a importância da preservação da cultura africana, o continente vai continuar esquecido. É preciso que os outros continentes ajudem a África a resolver seus problemas não somente por interesses econômicos, mas também por compaixão, solidariedade e, principalmente, irmandade entre as nações. Pois afinal, ao tirarmos as fronteiras feitas pelo homem, vivemos todos no mesmo território: o planeta Terra.

domingo, 22 de agosto de 2010

Brasil, mostra a tua cara


Cazuza já cantava: "Brasil, mostra a tua cara. Quero ver quem paga pra gente ficar assim." Essa música não foi feita no período do governo Lula. Porém, se tivesse, o questionamento nela implícito poderia ser respondido com uma retrospectiva deste governo.

"Quem paga pra gente ficar assim" são em sua maioria empresários e políticos corruptos que se beneficiam pela impunidade que as nossas leis proporcionam. Quem não se lembra de Daniel Dantas, o dono do banco Oportunity acusado de diversos crimes contra o tesouro público? E de todos os políticos envolvidos no mensalão do PT e no mensalão do DEM? Pior do que presenciar toda essa sujeira foi ouvir do nosso Excelentíssimo Presidente da República que ele não "sabia de nada". Ele é ou não é o presidente da república?

Ao pensarmos em tudo isso nosso coração fica enraivessido, mas nossas mãos se sentem atadas pelas correntes da burocracia. No entanto, há um jeito de nos tornarmos livres dessas correntes. É preciso nos conscientizarmos na hora de votar e na hora de cobrar os nossos direitos. Só assim poderemos ter orgulho de falar "Brasil, mostra a tua cara."

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A nossa democracia

A democracia teve suas primeiras manifestações em Atenas, onde os intelectuais da época discutiam os problemas da cidade e achavam soluções de forma "democrática" nas Àgoras. Porém, essa "democracia" de Atenas não era a mesma dos dias atuais. Para que chegássemos a esse ponto de evolução a população teve que lutar. Passando por movimentos como o feminista e as "Diretas Já" adiquirimos direitos como o voto feminino e direto.

Todos esses movimentos reivindicaram o direito ao voto: o mais importante instrumento da população dentro do cenário político. O voto é fundamental para que a população se sinta mais ativa dentro da sociedade e possa realmente desenvolver um sentimento nacionalista.

Ao longo da história pudemos perceber que em muitos jovens esse sentimento nacionalista se fundiu com a rebeldia e a irreverencia tipicamente observadas nessa fase da vida e originou as mais marcantes manifestações pelos direitos políticos, como a Revolução Constitucionalista de 1932 feita na cidade de São Paulo. Nessa revolução ocorrida durante o governo Vargas, um grupo de jovens morreu protestando contra a intolerável falta de constituição no nosso país. Esse fato deu força a outros jovens que não se intimidaram e criaram o movimento conhecido como MMDC. Com as iniciais dos jovens cruelmente assassinadoscomo grito de guerra, a população foi as ruas e exigiu a promulgação de uma nova constituição. O movimento foi violentamente reprimido, porém a nova constituição foi feita, mostrando que o jovem também tem o poder de opinar dentro da política e de mudar o modo como ela é feita.




Contudo, não podemos esquecer de que o voto só é um instrumento forte nas mãos dos que sabem utilizá-lo. É preciso votar conscientemente e cobrar de todos os eleitos que suas promessas sejam cumpridas. É preciso honrar toda a luta de nossos antepassados e não deixar de lembrar que a democracia não é feita somente pelos políticos, mas por toda a sociedade.
Inspirado na proposta de redação do ENEM 2002

domingo, 1 de agosto de 2010

A história das migrações




As primeiras migrações da história ocorreram na pré-história, durante o período paleolítico. Nessa época, o homem era nômade e dependia da caça e da coleta para sobreviver. A agricultura só surgiu no neolítico, quando começaram a surgir também as primeiras civilizações como a Mesopotâmia e o Egito. Inclusive um dos fluxos migratórios mais intensos veio tempos depois com uma dessas civilizações conhecidas como Roma. Nesse império as grandes migrações foram reflexo de dois acontecimentos: as Guerras Púnicas (contra os cartagineses) e a crise do império.

No Brasil, houve grandes levas de imigração em algumas épocas. Entre meados do século 19 e início do século 20 o governo incentivou a vinda de imigrantes para o sul do Brasil para que o território fosse ocupado e o Brasil não o perdesse para as nações vizinhas. Em 1870, houve novamente o incentivo do governo para que os europeus viessem para substituir a mão-de-obra escrava nas lavouras cafeeiras paulistas. Além disso, as Grandes Guerras sempre trouxeram pessoas a procura de refúgio nas pacíficas terras brasileiras.

As migrações internas também são muito importantes para uma boa análise dos fluxos migratórios brasileiros. Um grupo muito conhecido por suas migrações para São Paulo são os retirantes nordestinos. Eles vêm para a terra da garoa fugindo da seca e à procura de melhores condições de vida e trabalho. Infelizmente muitos deles são surpreendidos pela falta de oportunidade de uma cidade tão competitiva como essa.

Porém não é só de imigrações que vive o Brasil. As emigrações também são muito fortes. Até meados dos anos 1970 só se aventuravam fora do país filhos e netos de imigrantes que tinham alguma oportunidade de emprego.Porém, com o endurecimento da ditadura militar em 1964 esse cenário começou a mudar, forçando vários brasileiros a deixar seu país de origem.

Hoje em dia, mesmo vivendo em um regime democrático, temos uma forte emigração de brasileiros para a Europa e principalmente para os Estados Unidos. Em sua maioria, iludidos por promessas de riqueza e fama na América, esses brasileiros vão para lá ilegalmente através de coiotes e passam a viver a margem de uma sociedade muitas vezes xenófoba.

Por último temos o fenômeno dekassegui, nome dado aos trabalhadores estrangeiros que vivem no Japão. São geralmente filhos (nisseis) e netos (sanseis) de imigrantes japoneses que vão para lá procurar por empregos em fábricas ou até no comércio japonês.

Tudo isso mostra que os fluxos migratórios são uma complexa teia feita das mais diversas experiências de vida e sonhos de pessoas que vão e voltam pelo mundo sem medo do que as aguarda do outro lado.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Séculos de urbanização


O conceito mais primitivo de cidade surgiu na Idade Média com os feudos, onde pessoas se aglomeravam dentro de fortificações com um objetivo em comum: prosperar. Ao longo do tempo, esses conglomerados foram se tornando cada vez mais complexos e dinâmicos, sendo assim impossibilitados de continuar dentro de fronteiras físicas. Nesse ponto surgem os primeiros indícios da urbanização, que a partir daí teve seu crescimento exponencial ao longo de muitos séculos.

Hoje em dia, já podemos perceber o mundo urbano por toda a parte. Seu dinamismo característico está registrado em cada carro que passa pela avenida Paulista na famosa "hora do rush". Sua complexidade pode ser vista em cada mapa do metrô de Nova York ou Londres. Suas infinitas redes de comunicação podem ser facilmente precebidas nas novidades tecnologicas anunciadas diariamente nos jornais e revistas. Sua diversidade de culturas e credos pode ser captada em uma rápida olhada nas diversas mesquitas, igrejas e templos espalhados pela cidade.

É importante lembrar que essa última característica das cidades modernas vem se mostrando um dos principais alicerces de uma cultura que busca incessantemente a tolerância com as diferenças entre povos e raças. Tendo, essa diversidade, o papel de criar as condições necessárias para atingirmos a prosperidade objetivada por nossos antepassados feudais a séculos atrás.



Inspirada na proposta de redação Unicamp - 2004
Link: http://www.elitecampinas.com.br/gabaritos/unicamp/unicamp_04_fase1_ELITE.pdf

segunda-feira, 12 de julho de 2010

30 anos sem Vinicius de Moraes


Sexta feira, 9 de julho de 2010, foi feriado em São Paulo devido à comemoração pela Revolução Constitucionalista de 1932. Porém, este não foi o único fato marcante lembrado neste dia. Em 9 de julho de 1980, a 30 anos atrás, nos deixava um dos maiores poetas e compositores musicais de toda a história brasileira: Vinicius de Moraes, também chamado carinhosamente por seus amigos de 'Poetinha'.
Essa incrível mente morreu aos 67 anos nos deixando obras literárias e músicais como o famoso poema " Soneto de Separação" e a mundialmente conhecida "Garota de Ipanema". Em sua vasta obra, Vinicius declarou o seu amor pelos diferentes tipos de mulheres. Essa característica também se refletiu na sua vida, durante a qual se casou por nove vezes, e sempre viveu cada casamento como se fosse o último.

Biografia


Formou-se em Direito, mas não exerceu a advocacia. Trabalhou como redator, foi crítico de cinema durante algum tempo (combateu o cinema falado), e foi até censor cinematográfico.
Em 1943 ingressou na carreira diplomática. Serviu em Los Angeles e em Paris, onde era mais encontrado nos bistrôs (em que tomava bons vinhos) do que na embaixada onde dava expediente. Nesse tempo nasceu o apelido carinhoso, Poetinha.
Apesar de notória aversão ao trabalho burocrático, exerceu o ofício até ser aposentado, compulsoriamente, pelo AI-5, em 1968. Ao perder o emprego, porém, já se dedicava para a Música Popular Brasileira. Participou do surgimento da bossa nova e era o autor de clássicos como a Canção do Amor Demais, A mulher que passa e Eu sei que vou te amar.

Curiosidade


Um fato curioso ocorreu no dia de sua aposentadoria como diplomata.
Vinicius encontrava-se em Portugal onde realizava um concerto. Após este espetáculo, estudantes salazaristas estavam aglomerados na porta do teatro para protestar contra o poeta. Avisado disto e aconselhado a se retirar pelos fundos do teatro, o poeta preferiu enfrentar os protestos e, parando diante dos manifestantes, começou a declamar "Poética I". Então, um dos jovens tirou a capa do seu traje acadêmico e a colocou no chão para que Vinicius pudesse passar sobre ela — ato imitado pelos outros estudantes e que, em Portugal, é uma forma tradicional de homenagem acadêmica.




Poética I

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.



Repercussão


Por causa de sua importância tanto no cenário artístico como em sua vida pessoal, sua morte teve uma repercussão de âmbito internacional. Temos aqui alguns dos depoimentos de amigos e admiradores de Vinicius logo após sua morte:


"Ele era perfeito, senhor absoluto de sua arte e soube interpretar, de maneira fina, o sentimento do seu povo", falou ao Estado o também poeta Carlos Drummond de Andrade.
"Eu o conhecida há quase 50 anos. Era como se fosse meu irmão mais moço. Vinícius ocupa um papel enorme na poesia e na música popular", destacou o historiador Sérgio Buarque de Hollanda.
O escritor Antonio Callado lamentou, "estou bastante chocado, pois há pouco mais de um mês estive com ele e pareceu-me bem de saúde".
Sua musa Heloísa (Helô Pinheiro), a moça que inspirou Garota de Ipanema, a mais conhecida de suas composições, foi ao enterro e declarou à reportagem "A música silenciou. Ele representava o amor e o carinho, tudo o que uma pessoa pode ter de bom".


Descoberta


Mesmo depois de tantos anos, Vinicius ainda nos surpreende. O herdeiro de Lúcia Proença, ex-mulher do poeta, entregou a duas de suas irmãs manuscritos de uma música inédita do Poetinha. Intitulada "Silêncio", a música contêm versos como estes: "É o amor que te fala / É o amor que se cala / E que despetala / A flor do silêncio". A canção foi entregue a um dos parceiros de Vinicius, Edu Lobo, que se comprometeu a terminá-la.




Não se esqueçam de que um dos livros da lista da Fuvest é Antologia Poética, de Vinicius de Moraes; e como este ano fazem 30 anos de sua morte, têm grandes chances dele ser BEM cobrado na prova.


E eu acabo esse post deixando uma foto de Vinicius de Moraes (centro) com dois de seus melhores amigos e parceiros profissionais: Chico Buarque de Hollanda (esquerda) e Toquinho (direita).

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Rebeldes sem causa


A rebeldia sempre foi relacionada aos movimentos juvenis e às inovações no jeito de pensar e de agir que esses movimentos propõem. Em cada comunidade essa rebeldia fez uma marca diferente, ajudando-as a formar sua identidade cultural. Mas, e hoje em dia. Onde estão os rebeldes dos tempos modernos?

Ao procurarmos os rebeldes do século XXI nos deparamos com bandas denominadas EMOs (Cine, Restart, NxZero, entre outras) ou com meninos conhecidos como Colírios da Caprícho (desculpe, eu não sei o nome de nenhum deles - para mim são todos iguais). Mas, dês de quando usar franjas nos olhos, calças coloridas e cantar músicas "melosas" é considerado rebeldia? Dês de quando posar para a capa de uma revista sem camisa é rebeldia?

Muitos podem dizer que hoje em dia não há mais pelo que reivindicar. Não estamos em uma guerra mundial, não estamos sendo governados por um ditador, nem estamos vivendo o apharteid. Porém, temos outros problemas tão graves quanto esses vividos por nossos pais e avós. A guerra de hoje não é mundial, é uma guerra diária contra a violência urbana presente não só nas grandes metrópoles, como nas pequenas cidades interioranas. O governo de hoje não é ditatorial, mas é tão corrupto quanto ele. O apartheid se foi, mas o preconceito racial ainda reina entre nós.

A nossa rebeldia deveria estar fincada nessas injustiças, e não em futilidades momentâneas. Pois não existem rebeldes sem causa. As causas nos rodeiam, basta termos coragem para enfrentá-las e combatê-las com nossos punhos juvenis e nossas mentes idealistas. Só assim conseguiremos transformar um mundo fútil em um mundo útil.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A face de um político

Hoje eu acordei mais ou menos umas oito horas da manhã e fui ao banheiro lavar o meu rosto. Enquanto estava praticando esse ato tão rotineiro na minha vida, comecei a pensar em como um político poderia se ver nessa situação. E começei a imaginar uma história mais ou menos assim:

São oito horas da manhã e um dispertador toca, acordando mais um político brasileiro. Ele levanta da cama ainda ensonado e vai ao banheiro, como todos os dias, para lavar seu rosto. Após tirar de sua face todo o cansaço de uma noite mal dormida, ele se olha no espelho. Mas uma coisa muito estranha acontece: ele não consegue reconhecer aquela pessoa refletida.
Depois de alguns minutos olhando para aquela imagem estranha, ele tenta se lembrar de seu rosto quando jovem. Era um rosto idealista, um rosto que não se contentava com o que via ao seu redor. Mas, ao avançar no tempo, o nosso político vê que ele foi mudando aos poucos. E ele se lembra que aquele rosto jovem foi sendo seduzido por uma corrupção tão envolvente que nem o mais nobre dos homens conseguiria resistir. Ao olhar novamente para o espelho o político reconhece a imagem refletida: uma face coberta de mentiras e que havia sido enganada pela própria cobiça.
Depois de algum tempo de contemplação ele percebe que não conseguirá mudar aquele rosto, pois em cada ruga e em cada orifício já se pode ver impregnada a mentira e a ambição desmedida. Então ele tira a camisa que está vestindo e cobre o espelho.
Com muita dificuldade ele vai se arrumar para mais um dia em um trabalho que lhe dá dinheiro, propriedades e muitos outros bens materiais, mas que não lhe dá o mais importante: dignidade.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A virada do ano


Outro dia eu estava pensando em como foi a virada do ano de 2009 para 2010 e percebi que o sentia como se tivesse sido ontem. Por isso resolvi contá-lo aqui como se estivesse acontecendo nesse exato momento. Bem, ai vai:

São onze e cinquenta e nove da noite do dia 31 de dezembro de 2009. Sentada na varanda ao lado da minha irmã, eu vejo o raiar de um novo século. Eu pressinto sua chegada nas núvens ávidas por fogos de artifício, nas rolhas anciosas para saltarem das garrafas e nos braços carinhosos que rogam por abraços. E, no meio de toda essa excitação estou eu, inerte em uma cadeira, pensando nos anos que passaram e nos que ainda virão.

Quando começo a pensar no meu passado vejo uma rosa a desabrochar inconformada por ter que criar espinhos para se proteger dos predadores. Uma rosa que deseja ser livre, mas que sabe que é preciso criar raízes para sobreviver. Mas quando olho para o meu futuro surge uma névoa que não me deixa enchergar direito o que tem do outro lado. Essa névoa me deixa muito confusa, mas, nem por um minuto, me faz pensar em desistir de perseguir os sonhos que estão por trás dela.

Ao olhar em volta novamente vejo que o céu está cor de fogo e as garrafas estão espumando sem suas rolhas. Já começou 2010 e os primeiros braços chegam para dar-me um abraço caloroso. E só nesse instante eu consigo perceber que tudo que fiz e faço valeu à pena, pois é para momentos como este que vivo.

Teorainneacha


Antes que vocês achem que eu coloquei letras aleatórias no título desse post, eu vou explicá-lo.

Teorainneacha é uma palavra irlandesa que significa fronteiras. A idéia de escrever sobre isso surgiu hoje, mais cedo. Eu estava lendo a proposta de redação da FUVEST 2009 que fala sobre fronteiras. Na proposta ele fala sobre os vários tipos de fronteira (geográfica, política, cultural, religiosa, científica) e pede para que se escolha uma ou mais para o desenvolvimento de uma dissertação.



Após pensar por alguns minutos, eu decidi falar sobre fronteiras geográficas. Ao pensar em um modo de exemplificar a existências dessas fronteiras eu escolhi falar sobre a questão Irlandesa. Para quem não sabe, a Irlanda do Norte procura a muito tempo se separar do Reino Unido para se anexar à Irlanda. Mas, pensando melhor nessa questão eu percebi que não há como citar somente um tipo de fronteira. A questão Irlandesa não envolve somente problemas territoriais. Ao pensarmos na sua origem vemos que há uma fronteira religiosa entre os ingleses e os irlandeses que vivem nessa região. Afinal, os ingleses (protestantes) não toleram a religião dos irlandeses (católicos). Ao irmos mais fundo nessa questão podemos reconhecer fronteiras políticas. Os Irlandeses, minoria no território bretão, não têm a chance de ingressar na vida política do Reino Unido. Por último, podemos pensar no IRA, um grupo extremista que para lutar por esses direitos passou, intoleravelmente, pela fronteira da racionalidade e começou a praticar atos terroristas contra os outros países do Reino Unido.



Depois de toda essa reflexão eu cheguei à conclusão de que a proposta de texto da FUVEST era idiota..., mas eu fiz de tudo pra tirar isso da minha mente e me concentrei novamente . Como a proposta falou que era possível escolher mais de um tipo de fronteira, eu acabei pondo todo esse raciocínio de uma forma organizada no papel e enfatizando no último parágrafo o fato de que era importante manter algumas fronteiras para que coisas como os ataques terroristas do IRA não acontecessem.



Foi difícil, mas eu consegui fazer um bom texto: colocando todas as minhas idéias sem fugir do tema central. Afinal, se fosse fácil qualquer um faria.

Por quê?

Como primeira postagem eu gostaria de escrever por que eu estou fazendo um blog chamado "Diário de uma terceiro-anista".

Em primeiro lugar, ontem eu assisti um magnífico filme chamado "Julie e Julia", no qual uma mulher escreve em um blog todas as suas experiências na cozinha durante a preparação de várias receitas de um livro de culinária de Julia Child. Essa experiência a libertou de muitos medos e deu um sentido à sua vida. Como eu também estou passando por um momento de muito estresse na minha vida (o 3º ano do Ensino Médio), resolvi tentar fazer o mesmo que ela.
Em segundo lugar, como sei que muitas pessoas estão passando pelo mesmo problema que eu, acho que este blog pode ajudá-las a ter algumas idéias do que fazer durante esse ano e principalmente a verem que elas não estão sozinhas nessa luta para passar no vestibular, entrar em uma boa universidade e ter um futuro promissor, como nossos professores e pais dizem.
Espero que esse blog ajude vocês, leitores atentos, em algum momento de suas vidas ou que pelo menos lhes dê um momento de alívio em meio a uma vida de tantas obrigações.