Logo no primeiro dia deste ano que está começando já presenciamos um acontecimento histórico para o Brasil. A primeira presidente mulher da história deste país foi empossada em uma cerimônia que começou em baixo de uma chuva torrencial que, nós esperamos, não seja um prenúncio do estilo de seu governo. Porém, no discurso e nas ações da nova presidente do nosso país pudemos fazer algumas constatações não muito animadoras sobre o papel da mulher na sociedade atual.
A mais marcante delas foi a necessidade de Dilma Rousseff se prender ao fato de ser a primeira mulher a atingir o cargo máximo do Brasil em seus inúmeros discursos. Isso pode ser constatado inclusive na insistência de Dilma em usar a palavra "presidenta" ao invés de "presidente". Embora não esteja errado, o uso desta forma do substantivo só confirma as alegações de que a atual presidente precisa se fiar em coisas menos importantes, porém com um apelo mais forte perante a massa ignorante que povoa a maior parte do país, para que seja aceita como figura decisiva no atual cenário político.
Muitas pessoas podem estranhar o fato de uma escritora do gênero feminino estar fazendo essas acusações aparentemente anti-feministas, porém, se as mulheres querem ser vistas como iguais perante a sociedade é preciso que elas se tratem como iguais. É inaceitável que a primeira presidente do nosso país se esconda atrás de seu gênero ao invés de discorres sobre as decisões que pretende tomar ao assumir o posto máximo do maior país da América Latina. Esse com certeza é um momento histórico para o Brasil, porém não é por isso que devemos esquecer que a personalidade de uma pessoa não se deve ao fato dela ser mulher ou homem, negro ou branco, gordo ou magro. Para decifrarmos as intensões de uma pessoa é preciso conhecermos toda a trajetória dela, coisa que no caso de Dilma Rousseff ainda está muito obscura.
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